sexta-feira, 2 de abril de 2010

Salto alto exige prática. Futebol exige experiência.



Está comprovado, salto alto é coisa de mulher! E olha que nem toda mulher sabe administrar um salto alto. Mas os jogadores do Santos andaram optando pelo salto alto e deixaram a chuteira de lado. O time de Neymar, Ganso, Robinho e André teve uma tarde inusitada na Vila Belmiro. O Santos jogou em casa sob olhares de sua torcida. O Palmeiras jogou em território minado sob olhares de uma torcida furiosa pela falta de resultados. O final desse filme estava mais do que óbvio. O triste fim dos alviverdes estaria por começar.
O clássico não deixou nenhuma dúvida, o Santos é brilhante do meio de campo para frente. Um time veloz. Mas a defesa é lenta. Os garotos no ataque sabem irritar como ninguém. Driblam, dão chapéu, caneta, passes magistrais. O Diego Souza foi o primeiro a se irritar, o que não é novidade alguma. Pensei com meus botões que aquilo ali ia terminar em briga. Mas os jogadores palmeirenses agiram de maneira diferente. Transformaram a raiva em vontade de ganhar, e ganharam na raça.
O jogo estava correndo bem para o Santos, até que, o tão criticado Robert resolveu dar o ar da graça. O placar ainda era desfavorável. Levantei e fui até a cozinha tomar um copo de água. De lá escutei um grito de gol. Pensei comigo, “deve ser replay”. Voltei às pressas e vi o Diego Souza chamando a galera para dançar. O jogo iria esquentar. E acabou pegando fogo. No segundo tempo, o Santos estava acuado, já o Palmeiras voltara irreconhecível. O Madson marcou o terceiro para o Santos. Na comemoração imitou um porquinho. Mas quem acabou na lama foi ele. Rapidamente o Palmeiras tratou de fazer dois gols, e calou a Vila Belmiro.
Esse jogo me fez lembrar de um texto que li a pouco tempo. O autor, desconhecido por mim, dizia que nós, humanos, devíamos nascer velhos e morrer jovens. E nos faz pensar que a falta de experiência é um agravante em certas ocasiões. Foi assim com o Palmeiras. Os “avôs” derrubaram a molecada. O moleque Neymar foi o primeiro a cair. Saiu de campo e levou uma bronca de seu empresário e do Dorival Jr. Quando o time mais precisou ele perdeu a cabeça. Aí ele foi dançar lá no vestiário.
Para encurtar o assunto, o Santos levou um chocolate. Nada é mais frustrante do que perder em casa de virada. Nada é mais frustrante do que irritar o adversário e sair irritado no final. Os meninos menosprezaram os veteranos. Fizeram dancinhas provocativas. Mas os veteranos provaram que, quem dança por último, dança melhor.
Digam ao Neymar que dançar na comemoração de um gol é um gesto bonito. Mas o campeonato aqui não é de danças exóticas. Aqui é futebol.
Por hoje é só.

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